Minha História: Depois da tempestade, vem o arco-íris.

Acredito profundamente que foi depois desta minha decisão, que eu comecei a aproveitar e curtir minha gravidez de verdade. Com sorrisos, alegrias, esperanças, planos e claro! Muito amor pra minha filhotita. No começo, foi meio difícil excluir o Marcos Paulo da minha vida. Tudo me lembrava ele e eu sentia muita falta de tê-lo pra conversar, pra bagunçar e rir e tudo mais. Em pouco tempo, eu havia me tornado dependente dele. Eu me afastei de amigos, eu não tinha mais ninguém a não ser ele. Eu adorava mandar mensagens de texto pra ele, e ter em quem pensar, sabe? É bom amar alguém... Mas com o tempo, você aprende a separar o trigo do joio, isto é, separar as coisas boas das ruins na sua vida. E naquele momento o Marcos Paulo estava sendo um joio, uma coisa ruim! Eu estava infeliz, quando deveria estar feliz, e isso não estava certo.
E foi com pensamentos como esse, que eu aprendí a me amar. Aprendí a ser mais eu do que os outros. Eu também tenho o direito de ser feliz e enfiei isso na minha cabeça na marra! kkk Voltei a me maquiar pra mim, a me arrumar pra mim, a tirar fotos e me olhar no espelho e me achar a menina mais linda da face da Terra! Eu voltei a sorrir, voltei a ter contato com minhas amigas. Ouvir músicas altas e dançar como uma louca sozinha no meu quarto. Conhecí pessoas maravilhosas que me ajudaram muito nessa minha etapa. E uma delas foi o Gabriel...
O Gabriel é um amigo do meu cunhado. Nós já tínhamos sido apresentados uma vez, mas nunca paramos pra conversar direito. Ele começou a falar comigo numa rede social, e começamos falando sobre mim, o bebê e o Marcos Paulo. Foi bom ter encontrado alguém pra conversar sobre coisas do dia-a-dia. Alguém pra me perguntar todos os dias como minha filha está, comentar minhas fotos e dizer o quanto minha barriga está linda e todas essas coisas que o pai do bebê deveria estar fazendo, mas não estava. Ter alguém com quem eu pudesse conversar, rir e me divertir. Conversávamos todos os dias, o tempo todo. Estávamos nos dando muito bem, realmente. Com essa proximidade repentina, nossos amigos mais próximos acabaram desconfiando que nós estivéssemos nos gostando e tudo mais. Eu neguei por algum tempo até que chegou o dia em que o Gabriel veio conversar comigo. Primeiro dizendo que eu merecia ser feliz com alguém que gostasse de mim de verdade e alguém que queira assumir a Duda. Eu concordei meio inocente sem saber onde ele queria chegar. Foi quando ele me disse que estava se apaixonando por mim. Na hora eu fiquei sem reação e sem ter o que dizer, mas não nego que gostei do carinho que recebí dele. Foi bom se sentir amada.