17 junho 2014

3 anos de nós! Nossa História (parte 2)

Era tempo de matemática, meu professor falava, falava e explicava alguma coisa no qual eu não me interessava. Apenas observava o cabelo desgrenhado, aqueles óculos "fundo-de-garrafa" horríveis e uma camisa azul muito amarrotada. Será que a mulher dele não passa as camisas dele? (Nota mental: Sempre deixar meu futuro marido com camisas passadas) Interrompi meu pensamento inútil e então percebi que estava com o material ainda todo guardado embaixo da minha carteira e o professor olhava com cara de bravo pra mim. Parecia esperar uma resposta. Alguns colegas começaram a cochichar e rir da situação. Eu ia inventar alguma desculpa, mas antes que eu pudesse começar a raciocinar, ele virou as costas e continuou a dar a aula. Abri meu caderno de matemática. Era um caderno separado, pois nosso professor dizia que matemática era importante demais pra se misturar com as outras matérias num caderno só. Achava bobagem. Enviei uma sms pra ele, avisando que tive que entrar na sala, mas que uma amiga loira estava no portão da escola esperando por ele. Folheei as páginas do caderno em busca de distração. Eu não queria confessar, mas estava ansiosa, eu queria vê-lo, conhecê-lo, pq ele ainda não chegou? Pq não me responde? Cadê a Bruna, que não me avisa se ele já apareceu... O que estava acontecendo? Me perdi nos pensamentos quando aconteceu...

O Celular vibrou! Ai Meu Deeeeeeeus!
O símbolo da mensagem na tela do meu celular fez meu coração acelerar. Fiquei em transe, olhando e então cliquei em "abrir". Era a Bruna.
Bruna: "Amiga, ele está usando camisa azul? Acho que foi ele que virou a esquina!!!!!!!!"
Eu: "Como diabos eu vou saber, sua anta? Fica de olho!"
Bruna: "Ai amiga, ele é bofinho!"
Eu: "O que é ser bofinho?"
Bruna: "Amiga, ele chegou! Trata de sair dessa sala de aula e vem aqui falar com ele, que eu não vou poder demorar aqui...
Eu: Tô descendo... beijos

 Fiquei tomando coragem de pedir pra sair. Inventei que precisava trocar o absorvente! kkkkk Ele não teria como me negar esse pedido. Saí e fiquei um tantinho escondida atrás da coluna que ficava em frente a nossa sala de aula. Eu deveria estar péssima! Era quase no final da manhã e eu não tinha levado nada que pudesse me ajudar. Olhei pela janelinha da porta e chamei minha amiga Mayra sem que meu professor pudesse perceber. Ela saiu discretamente e perguntou o que estava acontecendo. Eu falei que o tal do menino estava no portão me esperando, mas eu estava insegura demais pra descer. Pedi que ela olhasse meu cabelo, se estava emaranhado demais, ou se eu estava com olheiras... Fizemos o possível e ela deu uma olhadinha pela coluna e me deu um resumo de como ele era... Bonito! Fiquei nervosa.
Ela se despediu e disse que tinha que estudar. Que desceria com as minhas coisas ao final do quarto tempo e me entregaria no refeitório do colégio. Assenti com a cabeça, sorri e pedi que me desejasse sorte.
Fui andando em direção a escada, de lá, pude vê-lo. Ele parecia ser mais ou menos da minha altura, o que era um ótimo sinal! Quando se mora em Manaus e tem 1,70, não é muito fácil achar alguém do sexo masculino que seja mais alto que você. Geralmente chegam a 1,65 e isso é trágico! kkkkk
Tentei descer os degraus... Sim TENTEI. De repente eu havia esquecido como se anda. Será que eu havia me alimentado bem? Minhas pernas tremiam. Não conseguiam sustentar meu corpo. Eu sorria como uma idiota, torcendo pra não acabar caindo escada a baixo! Não seria exatamente a primeira impressão que eu gostaria de dar naquele nosso "primeiro encontro". Provavelmente o único. O menino era realmente bonito. Bem vestido. Uma calça marrom escura e uma camisa azul marinho, com gola V. Um sorriso muito fofo e aconchegante. Eu poderia morar pra sempre naquele sorriso. Ele parecia estar bem envergonhado. Não olhava pra mim e sim para os pés, para o chão, para o teto da escola... O sol batia levemente nos fios de cabelo dourados que ele possuía. Estavam precisando de um corte! kkkkkkkkkk O vento das 10:30 da manhã fazia com que os fios se embolassem de um lado para o outro, era hipnotizante e incrível como ainda tenho a imagem fresca na minha memória. Se eu pudesse passar os "vídeos" da minha cabeça pro youtube, mostraria a vocês a imagem quase celestial daquele menino no portão da minha escola, sorrindo com vergonha e colocando as mãos nos bolsos da calça. Me aproximei devagar e ele direcionou o olhar pra mim. Os olhos eram quase tão dourados quanto os cabelos. E de acordo com a força do sol, apareciam pontinhos esverdeados. Me mudei do sorriso pros olhos dele. A partir daqueles segundos, comecei a acreditar em paixão a primeira vista. Eu nem sabia muita coisa sobre ele, mas com certeza, ele havia roubado meu coração.
Ficamos uns 2 segundos olhando nos olhos um do outro quando ele tocou no meu rosto e quebrou o silêncio constrangedor...
"Então você é a Ana Raquel..."

(Continua...)

4 comentários:

  1. Bem viajador falar de quando conhecemos a pessoa que somos apaixonada até hoje. Bom, minha história foi bem diferente da sua. Mas acredite, me apaixonei a primeira vista também e não precisou de muito, nem de palavras, nem de nada! Lembro que na época ele trabalha em um prédio ao lado do que eu trabalhava, e na frente havia uma banca de revista onde sempre as pessoas faziam suas horas de almoço, sempre o vi ali, sentado, olhando quem passava. Sempre me chamou atenção, até então que na época comentei com uma amiga "ele vai ser meu". Dito e feito, precisou apenas nos conhecermos para o amor nascer. Hoje aqui estamos, juntos a um tempo e esperando nosso primeiro filho. *-*

    ResponderExcluir
  2. Kel, nao consegui achar a terceira parte... :/

    ResponderExcluir
  3. Kel, nao consegui achar a continuação, ou você ainda nao postou? bj amei a historia
    *-*

    ResponderExcluir
  4. Keel deveria escrever um livro com certeza ia sair uma ótima história e seria a primeira a comprar rs bjs

    ResponderExcluir

Minha avó já dizia: "Se não for dizer algo bom, é melhor não dizer nada."